Meu pai é torneiro. Quando eu tinha uns 3 anos, ele foi capaz de dizer com orgulho na frente de um monte de gente dá família que ele torneou um chicote pra minha avó bater em mim e na minha prima enquanto cuidava da gente. Olhei bem nos olhos dele e disse "Pois é, eu lembro bem do chicote. Um chicote você foi capaz de fazer no torno, com todo capricho. Um brinquedo pra mim você nunca fez". Acabou-se as risadas, ele não sabia onde enfiar a cara e eu saí de perto.

Como eu costumo dizer: Tudo bem, pra mim foi um evento traumático, pra você foi só mais uma sexta-feira."

Que horror esses comentários, gente. Tenho um bebê de 3 meses e fico olhando pra ele, imaginando que quando ele crescer, quero que tenha as melhores lembranças da infância. Somos responsáveis pela memória dos nossos filhos, que não estraguemos isso!

Provavelmente eles falaram isso pelo conceito que eles conhecem de bater e apanhar. Eu já tomei uns tapas, mas comparado com as surras de fio que minha mãe já tomou, isso não é nada. Então meio que pra eles, eles nunca bateram kkkkkkkk

Minha mãe esses dias me pediu perdão e pelos traumas que me deu, afirmou que na época não sabia o que tava fazendo e nem como ser mãe, mas só dela assumir que sabe que não foi perfeita já ajuda muito.

Minha mãe disse que nunca "exagerou" me batendo. Mas sempre contava orgulhosa a história de que, quando eu era pequenininho, minha primeira e única birra foi no shopping. Me joguei no chão, e ela pisou em cima da minha mãozinha e disse que esmagaria meus dedos. Ria dizendo "Nunca mais fez". Mais tarde, um dia em que eu estava na casa da minha prima assistindo filmes, quebrou o meu dedo enquanto eu tentava proteger meu rosto da surra que ela me deu por eu não querer ir embora. Depois se negou